Há uma fato real, dramático e extremamente lamentável: uma advogada teria sido estrupada por um colega advogado, ambos conselheiros da OAB de Sergipe.

O caso está sendo apurado com todo o rigor pela polícia.

Em estado de choque e em tratamento médico, a moça renunciou ao cargo de conselheira e o moço acusado de praticar o estupro está recluso depois de ter sido afastado compulsoriamente de suas funções de conselheiro, pela presidência da Ordem.

A advogada se queixa de falta de apoio da OAB e a OAB afirma que lhe está prestando plena solidariedade.

Quem teria razão ?

Às duas partes têm razão, sim.

Sempre se pode pedir mais e sempre se pode oferecer mais em matéria de atenção e solidariedade, em casos de extrema gravidade como esse.

Quem não tem razão nessa história é o bando de abutres que habita a lixeira da politicagem.

Em tempos pré-eleitorais, então, em nome de seus interesses menores, esses bichos se alimentam sinistramente do drama alheio.

Tentam manipular pessoas envolvidas, atacam descaradamente prováveis adversários das eleições desse ano e não poupam sequer a própria instituição, envolvendo-a num enredo atípico, cruel e difamatório.

A disputa política e eleitoral pela direção da OAB é perfeitamente legítima e democrática.

Mas, infelizmente, ainda há pessoas baixas que se reúnem com ódio no coração e em busca apenas de chegar ao poder pelo poder.

A OAB é uma das mais importantes e singulares instituições democráticas do país e do mundo.

A OAB merece respeito.

A moça violentada merece e precisa de todo o acolhimento possível, do mais absoluto respeito e de toda e irrestrita solidariedade.

E todos os envolvidos nesse lastimável episódio, após o cumprimento do devido processo legal, devem ser julgados conforme os ditames das leis.

A OAB, aliás, é a guardiã das leis e da nossa Constituição Federal.

Respeitem a OAB.